Ontem, dia 26 de setembro de 2016, foi assinado na Colômbia o acordo de paz entre o Governo e as FARC.
Pelo acordo, haverá o término de um conflito que conta com 52 anos, anistiando os guerrilheiros, e passando as FARC a ser um partido político contando com cinco vagas garantidas no Congresso colombiano nas próximas eleições independente da sua votação, além da implantação de políticas de inclusão aos ex-guerrilheiros, garantindo cursos profissionalizantes e inclusive bolsas de auxílio.
O acordo, que fora negociado por anos em Cuba entre governo e guerrilha, deverá ser submetido ainda a plebiscito pelo povo colombiano, que está, como não poderia deixar de ser, dividido entre aprová-lo ou não.
De um lado, os que são contrários ao acordo alegam que o governo fez muitas concessões a um grupo guerrilheiro que cometeu inúmeros crimes deliberados na Colômbia, tais como extorsões, sequestros, assassinatos etc., e que anistiar os guerrilheiros seria, além de uma vergonha para o país, uma vitória para as FARC, e muitos dos que foram vítimas da guerrilha alegam que se sentirão humilhados e inseguros sabendo que seus algozes estão livres e anistiados.
De outro lado, os favoráveis vêem o acordo como única possibilidade acabar com a guerrilha e findar a luta armada que dura décadas, pois a continuação do conflito dificilmente levaria a vitória definitiva do governo, tendo em vista, entre outras, as estratégias das FARC em se infiltrar nas comunidades rurais, usando-as como escudo ou mesmo conquistando-as por proteção, dispersa-se em zonas de difícil acesso, além de manter inúmeros sequestrados sob suas armas, o que impediria um ação mais violenta e definitiva pelo governo.
Na foto, um caneta feita no corpo de uma bala, gravada com a seguinte frase: "As balas escreveram nosso passado. A educação, nosso futuro".
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