quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Sobre homossexualidade



Tenho um filho com pouco mais de um ano. Não tenho como saber nem como influenciar sua futura sexualidade. Não depende de mim nem de nada que esteja ao meu alcance.

O que eu sei, o que eu tenho certeza, é que se ele for homossexual, bissexual, transexual ou qualquer outra orientação que não hetero, ele irá sofrer muito. Irá sofrer na escola, na universidade, no trabalho, na rua e talvez com parte da família. Sei também que terá muita dificuldade em ter amigos, em conseguir emprego, em ser aceito em grupos.

Ao mesmo tempo, no entanto, tenho outra grande certeza: ele nunca irá sofrer em casa devido à sua sexualidade. Ele iria chorar muito, mas seria eu quem iria enxugar suas lágrimas; ele iria ficar muito triste muitas vezes, mas comigo ele teria o apoio e o amor incondicionais que um pai, no meu entender, deve dar a seu filho.

Isso nunca será uma questão relevante para mim, e o farei entender que isso não é uma questão relevante em qualquer pessoa.

Da mesma forma irei educá-lo para respeitar as diferenças. Quero que ele compreenda que não há hierarquia material entre pessoas. Na literatura e no exemplo ele terá acesso à compreensão ampla de que o respeito é dever para com todos, não importando qualquer outro requisito.

Não quero que ele sofra nem que faça sofrer.

É isso que farei, é assim que irei educá-lo, mas sei que, lá fora, muitos, por pura ignorância e amoralidade, têm a violência e a discriminação como modo de pensar e agir. 

Convicto de que a educação é a única forma de emancipação da humanidade, durante todos os meus dias irei me esforçar para ser um exemplo, e, assim, ele também seja um exemplo e uma peça transformadora nesse mundo.

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