quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Mopho

No ano de 2001, mais ou menos, fui apresentado a uma banda psicodélica brasileira de Alagoas: Mopho. Meu amigo Salomão me emprestou o primeiro CD da banda, e ainda me passou alguns links com matérias e entrevistas. Com nítida influência de Mutantes e (claro) Beatles, mas também com uma personalidade bastante forte para se firma como uma banda longe de uma mesmice que poderia aparentar, e eu, fiquei louco pela banda. Lembro que, na época, fiz até amizade com um primo de um dos integrantes, e vivíamos conversando pelo finado ICQ, o que me deixou sempre atualizado sobre o que acontecia com os caras e tal. Fui até um dos primeiros a saber que a banda tinha acabado.
O nome Mopho vem de um comentário que um sujeito fez sobre o som da banda, dizendo que iria mofar porque estava ultrapassado, aí juntou com o lance do psicodelismo e ainda mais com o nome de uma música do U2, que é mopho também.
Para quem quiser escutar, eis o MySpace e o Facebook. E abaixo segue um texto com um pouco da história da banda.
--
O Mopho teve a sua estréia no mercado fonográfico em 2000 com o disco homônimo “Mopho” lançado pelo selo paulistano Baratos Afins. O disco de estréia levou a banda, naquela época a ilustrar as páginas dos principais jornais e publicações do Brasil, alguns veículos da imprensa chegaram a apontar o quarteto como a principal banda psicodélica do país fazendo com que o quarteto participasse dos principais festivais de música como, por exemplo: Abril pro Rock (Recife e São Paulo), Porão do Rock (Brasília), Balaio Brasil (São Paulo), Festival de Inverno De Garanhuns (Pernambuco), contabilizando ainda shows por Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis entre outras grandes cidades. O som do grupo cruzou as fronteiras do país e figurou como destaque na rádio KARXL de Berkley (Califórnia, USA) durante muito tempo. Em 2003 quando estavam prestes a lançar o segundo disco e após terem tocado por todo o Brasil, a banda se dissolveu. Em 2004 o Mopho lança “Sine Diabolo Nullus Deus” (Baratos Afins) com apenas dois integrantes da formação original – João Paulo (guitarra e vocais) e Leonardo Pereira (teclados). No mesmo ano os dissidentes do grupo – Júnior Bocão (contrabaixo e vocal) e Hélio Pisca (bateria) lançam “A Terra é nossa Casa Flutuante” (Independente) com um novo projeto, batizado de Casa Flutuante, e seguem para fixar residência em São Paulo. Em junho de 2008, após cinco anos separados, o grupo se reencontra para um show na capital paulista e ali começam a escrever um novo capítulo para essa história. João Paulo, acompanhado de Dinho Zampier (teclado) propõe a Júnior Bocão e Hélio Pisca a produção de um novo disco. Ainda em 2008 a banda participa do festival Quebra-Mar (Macapá) e voltam a se encontrar em Alagoas em junho de 2009 ano, onde em cinco dias selecionam repertório, arranjam e iniciam as gravações do esperado terceiro álbum, ainda sem título e com previsão de lançamento para este ano. O Mopho já tem 13 anos de trajetória e uma história que se divide entre altos e baixos, brigas, reencontros, uma legião de fãs espalhados por todo o país e o reconhecimento por grande parte da crítica musical atuante no Brasil. Agora mais maduros, o quarteto promete recolocar a banda em uma posição de destaque, fazendo o que mais sabem, música de qualidade e um alto teor de sofisticação em seus arranjos e canções. Arnaldo Baptista em uma entrevista ao Estado de São Paulo certa vez proferizou,... O contrário de Mopho não é “fômo”, o contrário de Mopho é “Vortemo”! Um belo trocadilho que agora faz todo o sentido, pois o famoso e lendário Mopho está de volta e a todo vapor!

Nenhum comentário:

Postar um comentário