quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Um blog de crônicas

Sempre tive a convicção que ser menor não é sinônimo de ser inferior. Opção estilística e imposição genética. A antiga discussão sobre a crônica ser um gênero literário inferior, levando em conta apenas suas dimensões espaciais e o fato de ter uma vida curta, na minha opinião não prospera, em que pese qualquer tese acadêmica muito bem fundamentada que não li.
No ensino médio uma professora me ensinou algo sobre a arte: Arte -dizia ela- é tudo aquilo que causa estranheza, tudo que causa desconforto, que incomoda, enfim, tudo que faz pensar e criticar a realidade. No caso da crônica, a realidade é aquela que se faz todo dia, nas pequenas -mas não inferiores- coisas da vida.  É o que pretendo fazer, ao menos para mim mesmo, com este blog.
Se ele superar minhas expectativas quanto ao número de leitores, que em uma projeção otimista não chega a dois dígitos semanais, alguém poderá recomendar, pedante ou gentilmente, a tese que prova por a mais b que a crônica é um gênero inferior, por ser pequena, por ter uma validade, por ser comercial. Claro que revidarei requisitando o prestígio de Rubem Braga, Truman Capote, Luis Fernando Veríssimo e, mais recente, Antônio Prata, porém, sem fazer quaisquer comparações, não pretendo aqui ofender quem quer que seja. E tomarei a discussão apenas estilisticamente, pois a genética demonstra, aí sim, através das minhas dimensões espaciais, que essa é a única discussão acalorada que tenho condições de participar.
Regionalmente, estilo diferente; globalmente, mais um aspirante não oficial a escritor que se utiliza das facilidades da internet para praticar a escrita e incomodar os amigos pedindo que leiam e comentem.

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